O Ministério da Saúde e a Agência Nacional da Saúde Suplementar (ANS) realiza desde 2008 um estudo sobre a saúde dos beneficiários de plano de saúde. Esse estudo é importante pois dá um panorama de estados de saúde e pode ajudar a identificar riscos futuros na população coberta pela saúde suplementar/privada. O monitoramento dos determinantes das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) é fundamental para planejamento de programas de promoção de saúde e prevenção de doenças nas empresas.
Neste último estudo também foram incluídos indicadores relacionados ao tempo gasto diante das telas de computador, tablets e celulares. Cerca de 19,5% da população estudada permanece na frente desses dispositivos por três ou mais horas por dia.
Foram realizadas, ao longo do ano de 2016, 53.210 entrevistas por telefone sendo que 20.258 homens e 32.952 mulheres, em todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.
Alguns dados relevantes:
Tabagismo
Em 2008 12,4% indicou ser fumante, este indicador teve uma melhora significativamente. Em 2016, 7,3% dos entrevistados indicaram fazer uso de tabaco.
Excesso de Peso e Obesidade
Este indicador apresentou uma piora em relação a pesquisa realizada em 2008. Mais da metade da população pesquisada (53,7%) está com excesso de peso, ou seja, com Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 25kg/m2. Em 2008 o índice estava em 47,7%. Entre os jovens (18 a 24 anos) o índice está em 27%.
Dentre os adultos pesquisados, 17,7% (contra 12,5% em 2008) são obesos, ou seja, com Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 30kg/m2.
Atividade Física
O indicador de frequência de atividade física melhorou para 42,3% (contra 37,4% em 2011, ano em que o indicador foi incluído na pesquisa). A avaliação considerou adultos que praticam pelo menos 150 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana.
Consumo de bebidas alcoólicas
O consumo abusivo de bebida foi identificado em 20,4% da população pesquisada, sendo maior entre os homens (29,6%) do que entre as mulheres (13,35). Os dados estão e linha com os apresentados em 2008. Para o estudo é considerado consumo abusivo a ingestão de 4 ou mais doses, para mulheres, ou cinco ou mais doses, para homens, em uma mesma ocasião dentro dos últimos 30 dias.
Fonte: Portal ANS